Por Yula Rocha

 

Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2023- Eles chegaram dançando, cantando e batucando, pelas ruas de Botafogo em plena hora do rush. Com roupas coloridas e máscaras assustadoras, os palhaços do grupo fizeram muitas crianças agarrarem as barras das saias de mães e avós presentes na festa.

O grupo Folia de Reis Penitentes desceu as vielas da favela Dona Marta para festejar a reabertura da Casa Rio, fechada há dois anos por conta da pandemia.
casa colonial, é um equipamento da Secretaria de Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), sob gestão da People ‘s Palace Projects do Brasil, dedicado a fomentar intercâmbios artístico culturais com todo o mundo. Um espaço para exposições, encontros, residências artísticas e trabalho compartilhado.
O grupo de folia tradicional inaugurou a Casa Rio em 2015 e foi convidado para participar da renovação de mais cinco anos de programa da casa.

“Artistas de 25 países já se hospedaram nesta casa, do Território Indígena do Xingu ao Chile,  Alemanha e Reino Unido, mas nada se compara à presença de vocês que nos abençoaram com essa manifestação artística”, disse Paul Heritage, diretor da PPP, segurando o estandarte dos três reis.

 

Entre os convidados e amigos, estavam o designer e museólogo Gringo Cardia, Cecília Boal viúva do criador do Teatro do Oprimido, Augusto Boal e da cineasta e comunicadora Indígena Graci Guarani.

A festa de reabertura contou ainda com a inauguração da exposição de fotos de Ratão Diniz que tem documentado os ritmos, histórias e afetos, desta tradição popular que se perpetua há mais de meio século no Rio de Janeiro.
Em paralelo, Ratão expôs seu trabalho sobre o bloco da lama, uma festa característica do Carnaval de Paraty, pequena cidade litorânea histórica localizada entre  Rio de Janeiro e São Paulo, sede da feira literária FLIP.

Em breve a Casa Rio irá anunciar a programação para 2023 e lançar o formulário para residências artísticas.

Fotos: Ratão Diniz